Quem nunca teve medo de tomar um feedback que atire a primeira pedra. Imagine só receber um e-mail do seu gestor, do nada, dizendo “olá, boa tarde, preciso conversar contigo para te passar um feedback, podemos falar mais tarde?”. É para começar imediatamente a atualizar o LinkedIn, certo? Errado! Ou, pelo menos, deveria ser errado…
A palavra feedback, em inglês significa, literalmente, “retroalimentar”. Ou seja, dar feedback não é, por definição, algo ruim – muito pelo contrário, deveria ser uma coisa boa. Ninguém vai querer retroalimentar um comportamento errado ou negativo. O problema é que o termo acabou ganhando essa conotação negativa por causa do conceito que foi se deturpando. Muita gente acha que dar feedback é dar bronca, sendo que, mesmo quando o retorno a ser passado é negativo, o tom não deve ser esse.
Vamos começar a desmistificar esse conceito perdido cravando uma informação importante: não existe feedback negativo! Existem, sim, dois tipos de feedback, o positivo e o corretivo. O primeiro, obviamente, tem mais a ver com a ideia que eu expliquei lá em cima, de retroalimentar uma atitude ou comportamento positivo. E o segundo não significa descer a lenha no colaborador, fazendo com que ele saia da sala segurando o choro e se sentindo o pior profissional da sua área. Trata-se de explicar o que não deu certo, por que não deu certo e orientá-lo a seguir uma nova rota.
E sabe por que é importante saber dar um feedback assertivo, preciso, na mira? Não é só por causa da sua responsabilidade como gestor, funcionário ou parceiro de negócio da pessoa que vai receber; é porque essa é uma parte fundamental do processo de delegar tarefas.
Aqui na Abacaxi, a gente acredita que trabalhar menos é trabalhar melhor! Foi com essa ideia em mente que desenvolvemos o People Project Manager (PPM), nosso programa de consultoria e mentoria personalizadas, que te ajuda a definir e concretizar metas em curto, médio e longo prazos. O PPM se divide em seis fases fundamentais para que você atinja os seus objetivos, tanto na sua rotina pessoal quanto na profissional para ter mais tempo livre no seu dia a dia: mapear, priorizar, planejar, delegar, acompanhar e executar.
Quando você delega uma tarefa para alguém, é preciso ter clareza, para que a pessoa entenda o que ela precisa fazer e como você espera/precisa que seja feito. Suponhamos que você é o gerente de uma papelaria e delegou a uma pessoa da sua equipe a tarefa de organizar as canetinhas coloridas nas vitrines. Assim, apenas disse “fulana, preciso que você organize as canetinhas coloridas naquela vitrine”. Sua funcionária foi lá e organizou. Você odiou: elas não estavam separadas por cor como você queria, não estavam com as etiquetas de preço à vista, as mais vendidas não estavam em posição de destaque. Mas você explicou tudo isso para ela antes? Bem…
As chaves do feedback
Agora, suponhamos que você explicou exatamente como queria que as canetinhas coloridas fossem dispostas na vitrine. A funcionária quis ser proativa e fez um mosaico lindo com as canetinhas, enorme. E o mosaico despencou bem no sábado, quando a loja estava cheia de famílias e crianças em busca de material escolar. Foi caneta para todo lado, todo mundo teve que ir ajudar a pegar os produtos do chão, alguns sumiram. Caos.
Dar uma bronca na funcionária, apenas, não vai resolver absolutamente nada. Não vai contribuir para que ela cresça e se desenvolva, só vai fazer com que ela se sinta mal. Então, se você quer dar um feedback bacana, a gente aconselha a seguir alguns passos:
- Antes de tudo, deixe claro que o feedback é a respeito da ação dela, e não sobre ela como pessoa e como profissional;
- Explique a ela qual era a sua intenção com a arrumação das canetinhas: a vitrine precisava estar bem-organizada e funcional para o dia mais movimentado;
- Seja empático/a e crie uma conexão com ela, conte daquela vez que você derrubou uma gôndola inteira de fita adesiva e foi horrível;
- Dê um exemplo do que você tinha explicado, de como queria a arrumação das canetinhas, que elas não podem ser empilhadas porque correm o risco de cair;
- Demonstre o impacto da ação dela: quebraram-se e perderam-se muitas canetinhas pela loja, a equipe toda teve que parar tudo para resolver, além da confusão que pode prejudicar a experiência dos clientes que estavam lá;
- Estabeleça com ela o compromisso de seguir as instruções na arrumação das vitrines sem sair muito da curva para evitar que isso se repita;
- Abra espaço para que ela explique o ponto de vista dela e agradeça.
Agindo dessa forma, é provável que ela nunca mais tente fazer um cisne de canetinhas na vitrine sem ficar com medo de ser demitida ou se sentindo uma péssima funcionária. E a equipe nunca mais vai precisar tirar tudo do lugar para procurar canetinhas perdidas debaixo dos móveis.
Quer saber sobre como receber feedbacks corretivos? E como dar feedbacks positivos? Continue acompanhando o blog da Abacaxi e os nossos posts nas redes sociais que, em breve, vamos falar mais sobre isso.
E se você precisa de alguma ajuda para se desenvolver pessoal ou profissionalmente, trabalhando menos, mas com eficiência, fale comigo. Eu quero te ajudar!